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Emergência Climática e Violência de Gênero no Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul enfrenta uma grave emergência climática, e o estado mostrou despreparo em lidar com essa situação ao não investir na contenção de desastres e afrouxar várias normas ambientais. Uma das consequências mais preocupantes dessa crise é o aumento da violência de gênero, especialmente contra mulheres desabrigadas que buscam abrigo em centros de acolhimento.
Organizações da sociedade civil e agências da ONU há anos alertam sobre a vulnerabilidade extrema de mulheres e meninas durante desastres climáticos. Dados da ONU mostram que as mulheres têm 14 vezes mais chances de morrer em catástrofes climáticas do que os homens. Além disso, a violência sexual contra mulheres e meninas aumenta significativamente durante esses eventos, agravando sua vulnerabilidade.
O relatório da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) de 2021 revela que as mudanças climáticas e a degradação ambiental generalizada intensificam a violência contra mulheres e meninas. Por isso, é crucial que as respostas a catástrofes incluam uma abordagem de gênero e medidas protetivas emergenciais para garantir a segurança e a dignidade dessas populações.
Durante a crise no Rio Grande do Sul, relatos indicam não apenas violência sexual, mas também episódios de transfobia, quebra de sigilo sobre a condição de viver com HIV e segregação forçada de pessoas com tuberculose. Essas violações ressaltam a necessidade de um plano de contingência eficaz que possa mitigar os impactos da crise climática e proteger as mulheres e crianças da violência.
Em momentos de tragédia, a solidariedade é fundamental, mas a sociedade deve protestar de forma uníssona contra essas violações e exigir que as autoridades locais e federais tomem medidas concretas. A implementação de um plano de contingência é essencial para proteger as populações vulneráveis e evitar que a violência se torne uma norma aceitável.
Por Alessandra Nilo – Co-fundadora da Gestos – Soropositividade, Comunicação e Gênero. É jornalista especializada em Saúde, com pós-graduação em Diplomacia.
Disponível em: https://gestos.org.br/2024/05/artigo-emergencia-climatica-violencia-genero-rio-grande-do-sul/?gad_source=1&gclid=Cj0KCQjw0_WyBhDMARIsAL1Vz8vfXpoFb1w0keydmcUBYhzySWb29RGXsffqFtHntIYuhW9PvE2UZRsaAlyoEALw_wcB. Acesso em: 3 jun. 2024.
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1.
Qual é o principal tema abordado no texto?
2.
Quais foram as falhas do Rio Grande do Sul mencionadas no texto em relação à emergência climática?
3.
Por que é importante ter uma abordagem de gênero nas respostas às catástrofes, segundo o texto?
4.
Que tipo de violência aumentou contra mulheres durante desastres climáticos, conforme relatado no texto?
5.
De acordo com a ONU, qual é a probabilidade de morte de mulheres em catástrofes climáticas em comparação aos homens?
6.
Qual relatório é mencionado no texto para apoiar a argumentação sobre a ligação entre mudanças climáticas e violência contra mulheres?
7.
O que a autora sugere que a sociedade deveria fazer em tempos de tragédia?
8.
Quais outros tipos de violações, além da violência sexual, são mencionados no texto como ocorrendo durante a emergência climática?
9.
Quem é a autora do texto e qual é sua formação?
10.
Qual é o pedido final da autora em relação à gestão de crises climáticas?
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